O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma condição crônica de saúde mental, de base biológica, com manifestações comportamentais distintas na infância, adolescência e vida adulta.
Cada um dos principais sintomas do TDAH tem seu próprio padrão e curso de desenvolvimento.
Comportamentos hiperativos e impulsivos quase sempre ocorrem juntos em crianças pequenas. O subtipo predominantemente hiperativo-impulsivo de TDAH é caracterizado pela incapacidade de ficar parado ou inibir o comportamento.
São observados, geralmente, quando a criança atinge os 4 anos de idade e aumentam durante os próximos três a quatro anos, atingindo o pico de gravidade quando a criança tem 7-8a de idade. Após, começam a diminuir; na adolescência, eles podem ser pouco discerníveis para os observadores, embora o adolescente possa se sentir inquieto ou incapaz de se acalmar.
Em contraste, os sintomas impulsivos geralmente persistem ao longo da vida. Os sintomas de impulsividade em adolescentes incluem uso de substâncias, comportamento sexual de risco e direção/condução de veículos prejudicada.
O subtipo predominantemente desatento de TDAH é caracterizado pela capacidade reduzida de focar a atenção e velocidade reduzida de processamento cognitivo e resposta. As crianças com o subtipo desatento geralmente são descritas como tendo um ritmo cognitivo lento e frequentemente parecem estar sonhando acordadas ou “off-task”, fazendo atividades diferentes das tarefas que lhe foram solicitadas.
Eles geralmente não são aparentes até que a criança tenha 8-9a de idade. Semelhante ao padrão de impulsividade, os sintomas de desatenção geralmente são um problema ao longo da vida. Em adolescentes, sintomas de desatenção podem resultar em dificuldade acadêmica.
As intervenções podem ter um poderoso e impacto positivo porque a gravidade dos sintomas e comorbidades são muito sensíveis a variáveis ambientais. Alternativamente, a natureza refratária da sintomatologia do TDAH torna provável que esses pacientes continuarão a vivenciar pelo menos alguma dificuldade em sua vida acadêmica e desafios sociais.
Referências:
– Barkley, R. A. (2018). Attention-deficit hyperactivity disorder: A handbook for diagnosis anthdtreatment ( ed). New York, NY: Guilford Press.
– Sibley, M. H. et al, (2012). Diagnosing ADHD in adolescence. Journal of Consulting and Clinical Psychology.
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