Superdotação é uma característica inata do indivíduo; um potencial emocional/cognitivo muito acima da média que pode abranger uma ou mais áreas do conhecimento humano (intelectual, artístico, esportivo, social). Outros termos usados para descrever superdotação incluem “talento excepcional” e “alta habilidade”.
As crianças superdotadas geralmente têm altos graus de automotivação, curiosidade, perseverança e prazer em desenvolver e expressar seus talentos.
Não existe uma definição universalmente aceita para superdotação, que pode se manifestar de várias maneiras . No entanto, há um amplo consenso de que a superdotação não pode ser definida apenas por um quociente de inteligência (QI) em um teste padronizado. As pontuações de QI não levam em conta a criatividade e a inteligência prática.
– Superdotação intelectual: às vezes chamada de “superdotação da escola”, refere-se à superdotação em habilidades cognitivas e acadêmicas (por exemplo, linguagem, pensamento lógico abstrato, matemática).
– Superdotação não intelectual: refere-se à superdotação em domínios não intelectuais (por exemplo, música, arte, dança, liderança).
– “Dupla excepcionalidade”: é o termo usado por profissionais no campo de superdotação para descrever crianças com superdotação coexistentes com condições do neurodesenvolvimento (por exemplo, TDAH, TEA, ou dificuldade na aprendizagem).
Vale ressaltar que crianças com superdotação podem apresentar problemas na escola que os pais atribuem a serem insuficientemente desafiados (por exemplo, tédio, desatenção, distrair outros alunos, baixo desempenho).
As crianças superdotadas também podem apresentar baixo desempenho escolar por várias razões (por exemplo, medo do fracasso, desejo de se encaixar com os colegas, atmosfera escolar anti-intelectual, maus hábitos de estudo, dificuldades de aprendizagem coexistentes e frustração devido ao tédio).
Referências:
– Worrell, F. C. et al (2018). Gifted Students. Annual Review of Psychology.
– Reis SM, Renzulli JS. Current research on the social and emotional development of gifted and talented students: Good news and future possibilities. Psychol Sch 2004
– Guénolé, F., et al. (2015). Wechsler profiles in referred children with intellectual giftedness.
– Revista SUSTINERE, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 319-327, jul-dez, 2016.